sexta-feira, 11 de março de 2011

Monocórdio



 O som monocórdio por ti jogado pelo regato da lembrança,
Não me sai da memória, e sim, me fustiga de assalto.
E do lied rouco o teu olhar violento me pede esperança –
Pálido nauta que surge da nevoa a brincar no mar alto.

Silencia na luz barroca da madrugada célere a chuva
forte, que nos impede de partir mais cedo. E ainda trame
contra nossos desejos de solidão esta dionisíaca noite turva!
Onde pedes que eu cuide deste cerne que dimana teu sangue.



Imagem:
Peace - Burial at Sea: 1842 de William Turner

Nenhum comentário:

Postar um comentário