sábado, 30 de janeiro de 2010

Contar trovões.

Incredulamente eu me ergo e estou rindo
Eu não sei o que é o amor.






Acredito que um dia, já a algum tempo, eu soube, hoje eu apenas desejo.
Eu desejo poder me apaixonar mais uma vez e tenha tantos motivos para amar que possa enfrentar por esse amor grandes tempestades, os mais terríveis furacões, caminhadas escuras por densas e funestas florestas na busca de uma pequena casa humilde, onde haja uma lareira acessa e um vasto tapete e um colo.
Eu quero ouvir todas as músicas de amor e lembrar de um único rosto e sentir orgulho do que eu sinto.
Quero poder olhar nos olhos tantas vezes e ter a certeza de que nossos olhos conversam livremente e se desnudam de sinceridade e veracidade. Se entendem. E tantas outras vezes eu quero que possamos discutir sonhos, revoluções, teorias e tantos ideais que no final, possamos estar maiores e mais ricos, riqueza que é a evolução.
Quero também cantar junto os mesmo refrões, e rir de nós quando errarmos o tempo da melodia.
Quero desligar a TV no domingo pra ficar olhando o tempo, deitada em um colo quente e desnudo diante a janela, sim, só pra ver a manhã virar tarde e a tarde virar noite.
Alguém pra dar risada, pra cuidar das cicatrizes, pra pedir abrigo e pra fazer valer a pena sonhar.
Eu sonho com alguém pra esperar nos dias de chuva.
Alguém pra contar trovões.





*imagem: Angel Sanctuary

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