domingo, 27 de dezembro de 2009

Meia noite, 56 minutos e segundos para quase ser meia noite e 57 segundos.
(e eu estou sonhando com um belo céu azul, uma rede e aquela sensação de dona do tempo)


Quem espera a salvação das máscaras?
Quem pode ouvir cada suspiro louco, cada angustia mórbida, cada som mudo de gargantas cortadas?
E nós não parecemos ter escolhas.
Hoje eu queria poder mais uma vez abandonar todas essas verdades que acorrentam nosso pés fundo na lama.
Eu almejei castelos longínquos, onde pudéssemos dançar sob a sombra de seus portões doces músicas.
Eu sonhei com sorrisos largos e amores livres de inseguranças e receios.
Amigos para dividir o pão. Livros para ler, histórias repletas de fantasias para contar.
Mas todas as minhas escolhas me levaram para longe, mas não tão longe como eu queria estar.
Queria poder dormir em uma nuvem, e quando acordada pelo sol, eu pudesse mergulhar desta imensidão azul para um grande mar cristalino e profundo.
Quis tantas vezes a liberdade dos pássaros mas não sou capaz nem mesmo de escolher entre os sonhos e as boas certezas do hoje.
E só o que resta é um belo baile, com luzes flamejantes, uma música embriagadora e passos compassados nos momentos apertados da noite.
Mas pela manhã, nós teremos que deitar as máscaras de lado.
E pensar, que minha fraqueza sempre me impede de alcançar o caminho para as verdades (da alma).

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