sábado, 9 de junho de 2007

Minha Deusa de Branco




São aquelas memórias,
Longe de algo que eu possa aceitar.
São lugares distantes
E vozes distintas me abraçam.
Eu caminho sem pressa.
Eu viajo solitário.
Uma deusa de branco me espera.
Eu sorrio e me entrego,
Sem hesitar e sem escolha.
A cada passo a floresta é mais escura,
E os pássaros cantam para mim.
Eu me perco e tento achar
A luz da vida ainda acesa.
Novamente tudo parece um sonho,
Um sonho onde estou presa.
Sinto a nostalgia,
É um perfume doce
Que acende a minha alma.
As vozes são misteriosas.
No céu brilha a lua.
As folhas no chão, mortas,
As flores resistem ao frio,
A deusa de branco me chama,
Eu não vejo seu rosto na neblina,
A penumbra o cobre.
Ela é minha salvação,
A porta para a liberdade.
Mas quando me entrego
Ela me deixa sozinho neste sonho.
Em sono profundo
E sem saída para a vida.
Eu vejo a luz nascer e morrer
Muitas e muitas vezes.
Minha esperança se desfaz.
E a deusa de branco
Sem me levar com sua luz.
Ela me esquece nas sombras
Das memórias.
Eu revivo cada instante
E me pergunto: Por que?

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