sábado, 9 de junho de 2007

Equilíbrio

 

Hoje eu quero um silêncio amigo, e um amigo como o silêncio. Melancolia de refúgio e um cálice vazio na mesa. Voarei nas asas de vampiros, dormirei quando os gatos e os morcegos dormem. Durante a madrugada seremos solenes. Trancarei-me na paz do outono, recostarei minha alma cansada sobre a folhagem da arte. Vou de encontro ao sepulcro dos pesadelos, enterro meus pés na grama úmida do orvalho. Deixaremos as janelas à luz da lua. Sem embriagues, mantendo o espírito na base da confortante quietude. O horror poderá servir de encontro às profundezas da sabedoria. E quando observar a cidade só respirarei o que há de misterioso e que dialoga com minha interioridade e introspecção de tempos românticos perdidos.

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